Nos últimos anos, as redes de fibra óptica têm obtido cada vez mais espaço no mercado nacional. De acordo com a Anatel, a tecnologia para conexão em cabos metálicos tem declinado sensivelmente, saindo de 71,9% de share em 2007 para 41,9% em 2018. Enquanto isso, a fibra obteve 18,5% de share em 2018.
Opção muito interessante para as Prestadoras de Pequeno Porte (PPP) – que já chegaram a ocupar uma fatia de 26,45% do mercado – as redes de fibra óptica são uma tendência em expansão. Mas é preciso preparo e conhecimento para aproveitar todo potencial desse nicho.
Muitas vezes, a utilização equivocada de certos componentes acaba gerando problemas com a qualidade. Um bom exemplo é a utilização do splitter, responsável pela distribuição do sinal óptico de uma fibra para várias outras, aumentando sua capilaridade. Ou seja, um dispositivo que divide uma conexão em várias conexões.
Este equipamento é especialmente indicado para os projetos que utilizam a fibra óptica. Sua demanda tem aumentado significativamente, já que o splitter possibilita que uma única fibra óptica sirva múltiplos locais, reduzindo custos e facilitando a tarefa de gerenciar redes.
Mas existem dois tipos distintos de splitter. E se queremos fornecer a melhor qualidade e atingir a excelência na distribuição e captação do sinal, é preciso entender quando utilizar cada um. Os splitters se dividem em duas categorias: balanceado e desbalanceado, e a adoção de um dos dois tipos dependerá da topologia de rede à qual serão aplicados. Neste artigo, saberemos mais sobre os splitters e quando utilizar cada um.
Splitter Desbalanceado
O splitter desbalanceado, ou FBT (Fused Biconical Taper), é um equipamento que possui apenas uma porta de entrada e duas de saÃda. Este componente exige um projeto de rede bem elaborado por parte do provedor, e nem sempre é recomendável utilizá-lo, mas trata-se de um equipamento eficaz em alguns casos especÃficos.
Devemos optar por splitter desse tipo levando em conta o percentual de acoplamento das fibras, que faz com que as perdas nas duas portas de saÃda sejam distintas. No entanto, em um ambiente no qual não é possÃvel projetar a rede ideal, o splitter desbalanceado não é recomendável.
Este é o caso dos grandes centros urbanos, por exemplo. Mas para empresas que tenham como foco as zonas rurais – onde as redes normalmente são esparsas e a internet, incipiente – investir nos splitters desbalanceados é uma excelente alternativa. Operadoras que optam por servir essas regiões encontram alta probabilidade de sucesso em seus negócios contando com a oportunidade de trabalhar com uma topologia de barramento na qual uma única fibra é utilizada e o splitter realiza a divisão.
Desta forma, o restante da rede não sofre impactos bruscos, pois a perda mais alta se dá no ponto de derivação. O splitter desbalanceado apresenta baixa polarização dependente por perda, sendo um equipamento de alta estabilidade e confiabilidade que possui diversos modelos de acoplamento.
Splitter Balanceado
O splitter balanceado também é conhecido como PLC (Planar Lightwave Circuit). Diferente do splitter desbalanceado, o balanceado pode ter entre 1 e 2 portas de entrada. Já o número de portas de saÃda nesse tipo de dispositivo varia de 2 a 128, e o equipamento é capaz de dividir o sinal de forma simétrica entre todas elas. Isso nivela a perda distribuindo e fazendo com que seja a mesma todas as saÃdas.
Seu uso é recomendável na grande maioria dos casos, já que viabiliza a inserção de mais clientes por porta PON viável inserir uma quantidade maior de clientes em uma única porta PON. Os splitters balanceados se apresentam em três modelos distintos:
- Mini Module: indicado para emendas e terminações;
- Box Module: para ambientes menos protegidos (este equipamento conta com fibras com dois nÃveis de revestimento);
- Rack Module: especÃfico para a utilização em racks.
Cuidados e considerações finais
Seja qual for o splitter, alguns cuidados são necessários em sua utilização. Em primeiro lugar, as fibras devem ser insensÃveis à curvatura, o que assegura a confiabilidade e a qualidade na conexão. Também é preciso estar atento à atenuação inserida na rede, evitando a proximidade com o limite de funcionamento do equipamento, evitando a degradação da fibra óptica e a consequente inviabilização da transmissão do sinal.
De uma forma ou de outra, os splitters são importantes componentes, cuja funcionalidade, eficiência e baixo custo favorecem o uso por parte dos provedores de internet de todos os portes. O segredo para aproveitar ao máximo o potencial destes equipamentos é avaliar cada caso detalhadamente, pensando sempre na topologia da rede a ser trabalhada, que determinará a opção por um modelo balanceado ou desbalanceado. Como sempre, um bom projeto é fundamental para a correta escolha e aplicação de qualquer componente, e com o splitter não é diferente.
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