Quem não gostaria de poder viver sem se preocupar com o aumento da conta de luz? Se você consegue imaginar como sua vida, finanças e o meio ambiente melhorariam com isso, saiba que essa alternativa pode estar mais perto do que você imagina. É a geração de energia elétrica por meio da luz do sol. Continue a leitura para saber como funciona a energia solar e seus principais benefícios. 

Você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre energia solar, seja na televisão ou na internet, ou em conversas com outras pessoas. Afinal, trata-se da segunda principal fonte de energia no mundo, dados do relatório “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, produzido pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar.

No Brasil, o mercado de energia solar vem crescendo de forma constante, até porque o país é um dos que mais recebe incidência da luz do sol no mundo. 

Nesse sentido, esse tipo de energia limpa e renovável tem se tornado um investimento atrativo para quem quer poupar dinheiro e ajudar a preservar os recursos naturais ao mesmo tempo. 

Impulsionando essa expansão, está o aumento no número de linhas de crédito específicas, ou seja, ficou mais fácil adquirir os equipamentos que integram a solução de geração de energia solar. 

Esses dispositivos, por sua vez, também estão cada vez mais tecnológicos. Além disso, em 2022, a energia solar ganha novas regras com o marco legal da energia solar.

Mas, afinal, como funciona a energia solar residencial? É isso que vamos responder no artigo abaixo. Continue a leitura para saber mais.

Como funciona a energia solar em residências

Quando falamos em energia solar fotovoltaica, estamos nos referindo à conversão direta da irradiação solar em energia elétrica por meio de equipamentos específicos, nesse caso, chamados de módulos fotovoltaicos, painéis ou placas solares.

A transformação da energia solar em energia elétrica só acontece graças a um fenômeno chamado efeito fotovoltaico, que nada mais é do que o surgimento de uma tensão elétrica em um material semicondutor. Material esse que está presente na composição dos módulos fotovoltaicos.

O primeiro passo para ter acesso a esse tipo de energia é instalar os módulos fotovoltaicos no imóvel. 

Esses painéis podem ser instalados no telhado – o que é mais comum – ou até mesmo em estruturas próprias de fixação no solo. Mas lembre-se: isto deve ser visto junto com a empresa fornecedora dos equipamentos, que contará com profissionais capacitados para a instalação.

A energia que sai dos módulos fotovoltaicos vai para um inversor, que altera a corrente contínua recebida para corrente alternada. 

Dessa forma, a energia é equalizada de acordo com a frequência normal em residências, que é de cerca de 60 Hz. O quadro de distribuição alimenta aparelhos, garantindo que tudo esteja pronto para uso imediato por você e sua família.

Sua rotina dentro de casa não muda, ou seja, você pode utilizar aparelhos como televisão, geladeira, ar-condicionado, entre outros. E o melhor: com uma redução expressiva no valor da conta de luz.

Leia também: O que é energia solar? Tudo sobre o sistema fotovoltaico

Além dos módulos e do inversor, o sistema fotovoltaico utiliza um medidor bidirecional. É o famoso ‘relógio de luz’ que mede o consumo, mas, neste caso, não mede apenas a energia enviada para dentro do imóvel, mas também o que não foi utilizado e acabou sendo levado à rede elétrica. 

Diferente do restante dos equipamentos do sistema, que são de responsabilidade da empresa instaladora, este relógio é fornecido e instalado pela rede distribuidora de cada cidade.

Logo abaixo, você verá uma imagem explicativa sobre como funciona a energia solar em residências.

Créditos de energia

Vale destacar que, caso a energia gerada pelas placas solares não seja suficiente para suprir seu consumo de energia, esta demanda será complementada pela rede elétrica. 

Se o oposto acontecer, e sua residência estiver gerando mais do que consumindo, a energia ‘extra’ é repassada para a rede distribuidora em forma de créditos de energia, que poderão ser utilizados em até 60 meses.

Se você quiser, é possível transferir os créditos para outro endereço, basta que a outra residência também esteja ligada à mesma rede concessionária e registrada no mesmo CPF ou CNPJ. 

Assim, é comum que as pessoas queiram compartilhar seus créditos entre a residência principal e sua casa de praia, por exemplo.

Saiba mais: Como funciona a compensação de energia

É importante ressaltar que a compensação de créditos é uma das alterações do novo marco legal de energia solar. Com isso, quem possui energia solar residencial até a data do novo marco segue usufruindo do benefício, assim como quem realizar a instalação até 6 de janeiro de 2023. 

Para os demais casos, a regra passa a ser do novo marco. Para esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto, confira as principais perguntas e as respostas nesse post.

Quais são os tipos de energia solar em residências?

Agora que você já sabe como funciona a energia solar em residências, é preciso entender que o sistema de geração de energia solar tem duas frentes: o on grid e o off grid. 

A diferença entre eles é que o on grid é ligado à rede concessionária de energia (foi esse que acabamos de explicar e é o mais utilizado em áreas urbanas), enquanto o off grid é 100% autônomo – ou seja, não é conectado à rede da distribuidora. 

Recomenda-se que a energia solar off grid seja instalada em residências mais afastadas, como áreas rurais, locais remotos e isolados, que não tem acesso à rede elétrica.

Como o sistema off grid não é integrado à rede pública, a energia produzida é armazenada em baterias para garantir o fornecimento durante a noite quando não ocorre incidência de raios solares nas placas para geração de energia.

No sistema on grid, esse armazenamento não é necessário porque quando os módulos não estão gerando energia, a distribuidora supre essa “falta” de forma automática.

Leia também: Energia solar para ar-condicionado? Veja 10 aparelhos que funcionam com ela

O off grid também cumpre bem a função de abastecer equipamentos que necessitam de autossuficiência energética, por exemplo, sistemas de monitoramento veicular, data centers e rádios outdoor para provedores de internet.

Sistema de aquecimento solar X sistema fotovoltaico

Nem todo painel solar que você vê nos telhados de casas é, necessariamente, um sistema fotovoltaico. Isso porque há uma diferença entre aquecimento solar e energia solar.

O sistema de aquecimento solar também trabalha com painéis, mas a energia fornecida pelo sol é exclusivamente para esquentar a água que será utilizada em sua residência. 

Já o sistema de energia solar, ou sistema fotovoltaico, capta a irradiação dos raios solares e transforma em eletricidade, expandindo o uso para diversas finalidades.

A confusão entre esses dois sistemas é muito comum, pois ambos dependem da luminosidade do sol para atingir seus objetivos, seja esquentar água ou fornecer energia elétrica.

Quanto custa a energia solar residencial?

O valor da energia solar em residências varia de acordo com a necessidade de cada imóvel, a complexidade e o tamanho de cada projeto. Casas cuja demanda de energia elétrica é maior precisarão de projetos com um número maior de placas fotovoltaicas.

Outros fatores como a instalação no chão ou nos telhados também interferem na definição do preço. Além disso, é preciso investir nos equipamentos necessários como a placa solar para residência e o inversor. O medidor bidirecional, por sua vez, não tem custo, já que é disponibilizado pela concessionária. 

Apostar em equipamentos de qualidade e de marca reconhecida em todo território nacional é imprescindível para garantir o bom funcionamento da energia solar residencial. 

Se você quer ter uma estimativa do custo, faça agora a simulação no site da Intelbras e saiba quanto você pode economizar com o sistema de energia solar.

Confira: Microinversor solar: como funciona e quando utilizar?

 Quando vale a pena ter uma casa com energia solar?

Agora que você já entende como funciona a energia solar, analise a implantação de um sistema fotovoltaico como um investimento e não como um gasto, visto que ele tende a se pagar em torno de cinco a seis anos. 

Além disso, os módulos fotovoltaicos têm boa performance, podendo ser usados por cerca de 25 anos. O que acaba sendo um diferencial de valor caso o imóvel precise ser vendido ou alugado.

E o custo-benefício se estende para diversos segmentos, inclusive condomínios, que têm uma grande chance de se tornarem uma unidade geradora de energia, possibilitando o retorno do investimento de forma mais rápida.

O sol é uma fonte inesgotável de energia e ao contar com um modelo fotovoltaico, você poderá desfrutar de uma energia limpa e sustentável, ou seja, além de economizar, você contribui com a preservação do meio ambiente.

Como funciona a energia solar  fotovoltaica residencial?

Agora que você entendeu como funciona a energia solar e todos os benefícios de uma casa que usa este modelo de energia, deve estar se perguntando: qual o primeiro passo? Bom, já indicamos acima que você pode fazer uma simulação para descobrir o custo do seu gerador solar. Basta apenas saber o seu gasto mensal com energia elétrica e inserir o endereço residencial. 

Depois disso, é hora de contar com um profissional qualificado para dimensionar o seu sistema fotovoltaico residencial e adequar o projeto ao seu imóvel. Nessa etapa, há uma visita técnica para oficializar o orçamento, solicitação de autorização para a companhia elétrica e por fim a instalação do sistema na sua casa.

Os equipamentos necessários são:

• Painéis solares – responsáveis por captar a luz solar;
• Inversor – capaz de converter a energia captada em energia elétrica para consumo;
• String box – proteção contra surtos de tensão (já vem acoplada ao inversor);
• Estruturas de fixação – para aplicação no telhada da casa;
• Baterias e controladores de carga – apenas para modelo off grid.

Confira: Dúvidas frequentes sobre como funciona a energia solar

O processo de instalação é fácil e prático, mas deve ser feito por uma pessoa qualificada que entenda perfeitamente como funciona um sistema de energia solar, afinal, o contato com equipamentos que geram energia é perigoso. 

Além disso, somente um eletrotécnico ou engenheiro elétrico podem solicitar a autorização da distribuidora, necessária para a instalação dos sistema on grid.

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