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Como está o mercado de banda larga para provedores no Brasil?

Intelbras

16 de junho 2021 às 01:06
Provedores

mercado de banda larga

O serviço de internet é fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira. Com as demandas advindas da pandemia de Covid-19, surgiu a necessidade de uma rede mais rápida e de qualidade para trabalhar e estudar de casa. Em relação ao que é oferecido por provedores regionais e grandes operadoras, o mercado de banda larga tem apresentado ótimos resultados e mantém crescimento em ritmo acelerado nos últimos anos.

Neste post, confira como está o cenário no Brasil de banda larga para provedores, conheça os líderes, as tendências e muito mais.

O tamanho do mercado de banda larga no Brasil

Segundo a última pesquisa TIC Domicílios 2019, feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o país ultrapassou os 134 milhões de usuários de internet. Isso representa que cerca de 7 em cada 10 brasileiros com dez anos de idade ou mais estão conectados.

Dados do IBGE apontam que, no quarto trimestre de 2019, a proporção de residências em território nacional com acesso à internet cresceu de 79,1% para 82,7% em comparação ao ano de 2018, o que registrou um aumento de 3,6%. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, 1,62 milhão de residências brasileiras contrataram serviços de banda larga fixa do segundo semestre de 2019 ao primeiro semestre de 2020.

E o crescimento não para por aí, conforme as edições do Painel TIC Covid-19, com a necessidade de isolamento causada pela pandemia, houve uma intensificação no consumo de internet para trabalhar, estudar, fazer compras, ter momentos de lazer, entre outras atividades. 46% das empresas adotaram o home office nesse período, segundo dados do IPEA.

Em relação ao tempo de consumo, de acordo com a Amdocs, no Brasil, o uso de internet em casa, para fins de trabalho, passou de 3h41m por dia, para 6h44m após o Covid-19. A mesma análise ocorreu com o tempo de consumo de streaming em território nacional: de 2h50m, foi para 3h43m após a pandemia.

Leia mais: Como superar os desafios para criar um provedor de internet

Virada no mercado de banda larga no Brasil

O Brasil vive um marco importante no mercado de banda larga: os provedores locais de internet, também chamados de ISPs, vem superando a participação de mercado das grandes teles (Claro, Vivo e Oi).

Com a pandemia de Covid-19, a consequente expansão do trabalho remoto e a aceleração da digitalização de processos de modo geral, mesmo as áreas fora dos grandes centros urbanos, aumentaram sua necessidade de conexão. Essa situação impulsionou o mercado de banda larga de provedores regionais, já que a oferta de conectividade fora das metrópoles têm sido contemplada por essas empresas, que logo no início da pandemia, mostraram aumento de 43% nos contratos de banda larga.

De acordo com o Panorama Setorial de Telecomunicações da Anatel, desde maio de 2020, mês em que ocorreu essa virada, os provedores regionais superam as grandes fornecedoras de internet no país. Ou seja, juntos, eles estão à frente do primeiro lugar ocupado por uma grande operadora.

Market Share em banda larga fixa – (Abril/2021)

  • 1º Outros – (35,8%)
  • 2º Claro (26,9%);
  • 3ºVivo (17,5%);
  • 4ºOi (14,1%).

Em número absolutos, isso significa que, dos quase 36,5 milhões de acessos à banda larga no Brasil, os ISPs foram responsáveis por 11,7 milhões, vantagem considerável em relação à segunda colocada, a Claro, com 9,8 milhões de acessos.

Embora juntas, as operadoras de grande porte sejam responsáveis pelo maior número de acessos, esses pequenos provedores têm democratizado o acesso à internet e chegado a lugares que as grandes empresas não chegam, com banda larga de qualidade e valores competitivos. Além disso, houve um aumento da exigência dos consumidores em relação à velocidade da internet e segurança da rede, o que representa mais oportunidades de expansão das ISPs.

Saiba mais: Provedores regionais: como oferecer serviços de segurança

A expansão da fibra óptica no mercado de banda larga

mercado banda larga

Outro ponto de inflexão no mercado de banda larga no Brasil é a disseminação cada vez maior da internet por fibra óptica, que já corresponde à maioria da banda larga fixa. De acordo com os dados da Anatel, dos 5.570 dos municípios brasileiros com acesso à banda larga, 98,8% têm acesso à fibra óptica.

Ainda segundo essa pesquisa, um registro feito em julho de 2019 constatou 34,2 milhões de acessos à banda larga fixa no território nacional, sendo que 13,6 milhões foram por fibra óptica. E pelo menos 8,134 milhões desses contratos, os quais representam 59,5%, são de provedores de internet regionais.

E, nesse cenário, novamente os ISPs desempenham um papel importantíssimo na disseminação dessa tecnologia. De acordo com a mesma pesquisa TIC Domicílios já citada, o aumento dos números de acesso à internet no Brasil, em especial por fibra óptica, está diretamente relacionado com a expansão dos pequenos e médios provedores regionais. Além disso, a tecnologia de fibra óptica oferecida por esses ISPs equivale ao valor cobrado por grandes empresas.

Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, em entrevista ao site da Associação Brasileira de Internet (Abranet), “a mudança para cabo e fibra óptica se deve à expansão dos pequenos provedores, que estão crescendo as suas redes ou já nascem com a rede externa com fibra óptica. Os pequenos e médios provedores têm papel fundamental na melhoria da qualidade da internet”.

Mais do que um dado animador para os provedores, a expansão da fibra óptica é fundamental também para as transformações da sociedade e da economia brasileira. Isso porque os números indicam que os brasileiros estão tendo acesso a internet mais estável e com mais velocidade.

E este é um passo importante para o mercado de banda larga nacional, pois serve como alicerce para o suporte a novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT), a Indústria 4.0, a chegada da 5G e os novos hábitos de consumo, como o streaming de jogos e vídeos em alta resolução.

Veja também: Equipamentos para provedor de internet: vale investir?

A resposta das grandes operadoras

O crescimento dos ISPs têm relação direta com a forma de atuação das grandes operadoras. De uma maneira geral, empresas como Claro, Vivo e Oi focam em capitais e em grandes centros urbanos, deixando espaço para o avanço dos provedores de menor porte nas outras regiões.

Mas as operadoras já estão reagindo aos bons números da concorrência. Em 2020, Vivo e Oi, por exemplo, lançaram ações de franquias, colocando seu backbone à disposição das empresas provedoras locais.

Segundo o diretor-presidente da Telefônica Brasil, dona da Vivo, Christian Gebara, a operadora vai acelerar a migração de ADSL (internet tradicional) para FTTH (fibra óptica) em todos os municípios que contam com conexão via telefonia fixa. Essa mesma ação será adotada pela Oi. A meta é alcançar 24 milhões de residências com fibra óptica até 2024, diante dos 16,3 milhões atuais.

Essa ação tem o potencial de desenvolver mais rapidamente o mercado de banda larga, especificamente por meio da fibra óptica, no Brasil, levando internet a cantos até então mal abastecidos do país. Por outro lado, é importante acompanhar esse movimento das grandes empresas e o risco de prejuízos para os provedores regionais, especialmente por meio da aquisição dos grandes grupos.

O oferecimento do serviço de internet banda larga é animador e a tendência é que as perspectivas sejam cada vez melhores. A tecnologia de fibra óptica está conquistando o espaço no Brasil e é fundamental para provedores que querem crescer no mercado de banda larga.

Procure saber mais informações sobre o mercado de banda larga e outros assuntos interessantes para provedores regionais, acesse o e-book: 5 passos para evitar ataques ao seu provedor e conheça passos simples para proteger o seu negócio.

E não deixe de acompanhar as publicações para provedores aqui no Blog da Intelbras.

Post publicado em 12/08/2020 e atualizado em 16/06/2021.

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