O grande temor de quem está começando a aprender sobre CFTV IP é se será capaz de compreender o funcionamento da tecnologia. A resposta, sem dúvidas, é sim. Porém, sabemos que é natural sentir certa ansiedade e apreensão quando há uma novidade no mercado.
Quando falamos sobre a capacitação em CFTV IP, a maioria dos instaladores tem dúvidas sobre a parte física e lógica da tecnologia. A parte física abrange o “básico de redes”, ou o que é preciso para colocar a mão na massa e utilizar a ferramenta em todo o seu potencial. Já a parte lógica abrange o endereçamento IP.
As dúvidas sobre o que é necessário aprender sobre CFTV IP dentro dessas duas vertentes são inúmeras. Entre elas destacam-se a forma de configurar o endereço IP no computador e na câmera e a maneira de instalar e configurar a rede. As respostas são relativamente simples, demonstrando que os temores são infundados. Aprender sobre o básico de redes e endereçamento IP acaba sendo muito mais fácil do que os instaladores imaginam. Se fôssemos resumir de uma forma simples, trata-se de passar um cabo de rede e ligar a câmera a um ponto que esteja em comunicação com o gravador. Vamos falar um pouco sobre a parte física e a lógica?
Básico de redes: parte física de CFTV IP
Um dos primeiros pontos que uma capacitação sobre CFTV IP irá trabalhar é o que se considera o básico de redes, a parte física embutida no uso da tecnologia. Saber mais sobre isso não apenas irá habilitar o instalador a elaborar projetos e implementar sistemas de monitoramento em redes, como também permitirá que ele transmita confiança para o cliente.
Pensar numa rede de computadores, de forma conceitual, é o mesmo que imaginar vias de transporte. Qualquer meio em que exista um transporte ou transitação, seja de carros ou pessoas. Porém, nesse caso específico, estamos falando de informações que irão seguir de um ponto a outro.
Outro fato importante para redes em CFTV IP é: existem diferentes formas de fazer as ligações entre um ponto e outro. Umas com mais qualidade e rapidez e outras com certos percalços no caminho. Exatamente por esse motivo é que a transmissão de informações deve conter inteligência de planejamento e gerenciamento do projeto.
As informações que transitam em rede estão divididas em pacotes de dados. Ou seja, divididas em diversas formas que ajudarão com que o percurso seja realizado da melhor forma possível seguindo a rota mais eficaz. São esses pacotes que farão a informação transitar de um ponto a outro. Além de conterem os dados transmitidos, esses pacotes também carregam as informações que os farão chegar a seu destino.
Tipos e componentes de redes
Para aprender mais sobre as redes e como dimensioná-las de acordo com cada projeto, é necessário conhecer suas variações. Elas podem ser do tipo WAN, LAN ou WLAN. Cada uma delas recebe a classificação de acordo com a dimensão. As redes WAN ou Wide Area Network possuem um alcance geográfico extremo, alcançando até mesmo diversos países. Elas também são responsáveis por interligar as redes LAN ou Local Area Network, que possuem um alcance menor e conectam dispositivos de um espaço físico limitado, como dentro de uma mesma empresa. Por último, as redes WLAN ou Wireless Local Area Network são as que conhecemos como Wi-Fi. Elas são redes locais e seus dispositivos não utilizam cabos para comunicação.
Depois de entendermos as diferenças de cada rede, é necessário conhecer seus componentes, tais como: modem, roteador, switch, tecnologia PoE, rádios outdoor e cabeamento. Cada um possui especificidades de acordo com o tipo de rede e uso, como os padrões universais para tecnologia PoE, e apresenta vantagens e desvantagens. Por isso, é importante aprender sobre cada um deles. Assim, na hora de utilizar CFTV IP, o instalador saberá o que é mais adequado ou funcionará melhor conforme cada situação, e levará em conta as condições locais e geográficas, podendo optar até mesmo pelo uso de tecnologias híbridas.
Há ainda os tipos de comunicação que devem ser estudados, como: broadcast, unicast e multicast. Embora a tecnologia CFTV IP envolva muitos conceitos, são de compreensão simples. Nos próximos artigos, você poderá aprender mais sobre cada um deles.
Endereço IP: parte lógica de CFTV IP
Vamos falar agora de outro elemento que parece complexo, mas não é. Trata-se do endereço IP: você se surpreenderá com a sua simplicidade. De forma geral, podemos dizer que é a identificação lógica das redes e dispositivos que estão conectados com eles. Ou seja, serve para fazer a identificação da parte lógica, o caminho que deve ser percorrido pelo pacote de dados (partida e chegada), que se divide em duas partes, a rede e o host. No CFTV IP, são os roteadores que fazem a primeira análise do IP de destino e verificam qual a porção de rede do endereço (de acordo com sua tabela de roteamento). Com isso, podem escolher qual é o melhor “caminho”, ou seja, qual é a rota mais adequada para alcançar a rede remota pretendida.
Há tipos diferentes de conhecimento que devem ser aprendidos nessa área, como o endereçamento IPv4, criação de classes de endereços (com número de redes e hosts específicos), endereços reservados e privados e máscaras de sub-rede (distinção no IP das porções rede e host). Em nossos próximos artigos iremos tratar sobre esses temas, que se inter-relacionam e que fazem total sentido assim que explicados. Em outro post, falamos sobre “Por que utilizar soluções IP pode render mais vantagens para um sistema de segurança?”.
Quer saber mais sobre algum ponto de CFTV IP ou outro assunto relacionado? Deixe sua dúvida ou sugestão de temas em nossos comentários!
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